quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Barack Obama me decepcionou

Nao sou de falar de política. Você que me conhece sabe bem que meus textos são muito mais na reflexãoç na linha da anáilise e auto-ajuda (no bom sentido), mas desta vez quero comentar este lance. Eu adorei Barack OBama desde a primeira vez em que o vi e ouvi na TV. Mas hoje tive a infelicidade de vê-lo falando que a estúpida guerra do Afeganistão tem de continuar. Ele teve a capacidade de usar palavras pacifista para dizer coisas riuns. Lembrou a atuação heróica dos EUA na segunda-guerra, dizendo que os pacifistas não teriam agido. Ou seja, os pacifistas não teriam encerrado com a guerra. Olha que coisa mais contraditória esta frase. Os pacifistas não teriam encerrado a guerra. Obviamente, não à maneira bomba, mas eu tenho plena convicção que a atuação de pacifistas é sempre no sentido da paz e a guerra teria acabado em algum momento, ou não estaríamos aqui para comentar a respeito, seriamos agora todos partículas que restaram das explosões.
Enfim, em sua atitude e em seu discurso, Obama me decepcionou e foi muito americano. NEstas horas me lembro das razões que me fizeram desistir de ser americana. Como diz Caetano, "tipicamente americano". Enfim, voltei à este blog para dar uma desabafada, afinal, para isso, é preciso encontrar tempo. Estou de fato muito aterafada e quase sem inspiração para escrever. O bebe me consome e me encanta tanto que acabo apenas publicando no blog dele, pensando nele. Mas com certeza desabafar é importante. Respirar é importante. Devemos respirar mais nesse final de ano, respirar fundo e pedir a paz mundial.


nao sei se vao lembrar desta música, tem uns dez anos que não a escuto por aí. São tipicamente americanos. Americanos sentem que algo se perdeuAlgo se quebrou, está se quebrando.
Quem quiser escutar na integra, acesse o link
http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44777/

domingo, 5 de abril de 2009

A crise (de consciência)

Ultimamente só se fala em crise. A crise é responsável pelas demissões, pelos cortes de fornecedores, pelas dificuldades repentinas que estão se apresentando, pela alta no preço dos alimentos. Isso faz com que a gente pense que as pessoas que tem um emprego e prezam por ele, vão se dedicar ao máximo para mantê-lo, certo? Não é bem assim que funciona. A consciência simplesmente não vem para algumas pessoas. Outro exemplo nítido da falta de consciência é com o meio-ambiente. Como responsabilidade ambiental é uma questão de conhecimento também, a gente acha que aqueles que tiveram mais educação e melhores condições financeiras serão os mais preocupados em cuidar do ambiente. Infelizmente, não vejo funcionando assim. Ao contrário, vejo um monte de gente que não separa lixo reciclável do lixo orgânico dentro de casa, gente que, mesmo tendo viajado pelo mundo inteiro, não aprenderam muito neste sentido. Estou cansada de ver estabelecimentos em que os copinhos de água de plástico não são separados (os limpos são simplesmente atirados no lixo com todas as outras coisas) e acho que não sabem nem que existe na cidade a coleta seletiva. Vou a empresas que já evoluíram, nao usam mais descartáveis e fazem aquilo que pregam, mas está cheio de gente por aí que deixa torneira aberta, toma banhos longos, usa lâmpadas anti-econômicas, acende todas as luzes da casa, joga lixo pela janela do carro no trânsito (aff) e desperdiça qualquer fonte de energia como se inesgotável fosse. Eu gostaria muito que a crise atingisse estas pessoas, em suas consciências.

domingo, 29 de março de 2009

família de formiga

Imagine uma família em que todo mundo trabalha para valer. Minha mãe e meus irmãos são todos formiguinhas trabalhadeiras. Minha tia dá aula nos três turnos há trinta anos, minha outra tia costura e consegue “esticar dinheiro”, atendendo há 50 anos as mesmas freguesas, meu tio é um comerciante até nas horas de lazer, meus primos trabalham pra caramba, minhas primas também. Nosso pessoal têm o trabalho em seu código genético. Comecei a trabalhar com 16 anos simplesmente porque me deu vontade. Ninguém me disse nada, simplesmente falei com uma amiga que dava aula em escola de inglês. Fiz o teste, passei, e comecei a dar aula de inglês básico para três menininhos de 12 anos. Guardei o correio elegante que um deles me mandou: teacher, I love you. Adorava a sala de aula, gostava de preparar o conteúdo,corrigir prova. Com 19 anos, frequentava reuniao de professores. Virei assessora de imprensa conciliando com as aulas, mas não teve como, precisava escolher. Escolhi a carreira e deixei as lessons. Não me arrependo. Desde lá, trabalhei em ritmo frenético por dez anos, e enquanto isso fiz pós-graduação, iniciei o mestrado, escrevi um livro, ah, e tive um filho. E foi aí que pela primeira vez, parei de trabalhar por cinco meses, apenas colaborando em algumas coisas e principalmente, me dedicando aos cuidados com o bebê.

Percepções do meu período sabático:
- a mulher do lar deve ser valorizada porque seu trampo é exaustivo e não ganha nada pra isso.
- Existe uma porção de gente que não trabalha! Não sabia que tinha tanta gente por aí às 3 da tarde! Fiquei impressionada com o pessoal no parque fazendo exercício, no supermercado, no curso de dança! Eles não estão trabalhando, estão vivendo! Ok, talvez estejam desempregados, ou de férias, ou apenas passeando um pouco.
- Estou feliz de voltar a trabalhar e com a mesma vontade de produzir que sempre tive, no entanto hoje considero importante que ao menos de vez em quando, não trabalhemos. - o exercício do ócio criativo realmente vem com o tempo. Nos primeiros dias me sentia um pouco culpada ao tirar uma soneca no meio da tarde. Hoje jamais perderia a chance, pois trabalho, cuido do bebê pequeno e não lembro o que é dormir cinco horas consecutivas). Os Hajjar que me desculpem, mas a siesta é uma delicia.
Volto para o trabalho, mas o vejo diferente.
Volto para o trabalho sabendo que nunca mais serei a mesma.

quarta-feira, 18 de março de 2009

60 anos, 60 dias, a história de Carlos Carnevali

Quando Carlos Carnevali comentou que gostaria de escrever um livro, eu já sabia que seria um trabalho incrível. Já o conhecia o suficiente para saber que se tratava de um profissional excepcional, com muitas coisas interessantes para contar e uma maravilhosa trajetória profissional, incrementada por seu ótimo humor e todo seu carisma. Além disso, ele viveu uma experiência muito dificil e ao mesmo tempo engrandecedora, sendo preso prestes a completar 60 anos. Durante 60 dias, refletiu sobre sua vida e os ensinamentos desta vivência. Já em liberdade, me fez um resumo da experiência que gostaria de registar, e foi com este breve relato que aceitei com muita honra o convite para escrever a história de Carlos Carnevali.
O livro 60 anos, 60 dias é uma leitura leve e prática, mas que trata de questões essenciais da vida humana, como o SER e o TER. Trata do dilema vida e trabalho, prioridades e família, saber fazer escolhas, saber correr riscos. Aceitar os caminhos pelos quais a vida nos conduz.
Para mim, foi muito especial realizar este trabalho. O lançamento do livro foi maravilhoso, com muitos amigos queridos prestigiando, e até o momento temos recebido os melhores comentários dos leitores.
Gostaria muito que vocês, meus queridos amigos, também lessem e comentassem.

Caso queira adquirir o livro, basta enviar um email para livro@dotnews.com.br solicitando quantos exemplares deseja e qual seria o endereço da entrega. Em seguida, enviaremos os dados para depósito bancário. Após confirmação do depósito, formalizamos sua entrega. O valor do livro com desconto (e autografado) é de 20 reais.

Obrigada e boa leitura!

Voltei

Depois de quase dois anos sem publicar, voltei. Durante 4 anos publiquei o blog Camiland, escrevendo sobre tudo. Um dia, por alguns motivos, resolvi encerrá-lo. Agora sinto que é hora de reabrir este espaço, que é também a forma gostosa que encontrei de falar com alguns amigos, que por várias vezes comentaram sentir saudades do meu blog. '
Aqui está o Camiland, novo, e de novo.
Voltei, com muito menos tempo, mas com muito mais inspiração, pois tive um filho, e isso é um grande motivo para querer escrever todos os dias sobre minhas aventuras na recém carreira de mãe. Escrevi um livro também, em co-autoria com uma pessoa incrível que me contou uma história maravilhosa, e que eu só tive que passar pro papel as palavras deste homem para emocionar as pessoas. Vamos falar sobre tudo isso aqui. Por enquanto, sejam bem-vindos ao Camiland!
(para quem quer ver os textos antigos, pode acessar camiland.zip.net)